terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

"Se não nos sustentam, vamos roubar-vos!"

No outro dia deu num canal de televisão (não sei em qual) uma reportagem qualquer que presumo (porque não a vi toda, já só a apanhei no fim) que tinha a ver com rendimento mínimo (não sei se falavam também de outras formas de parasitar quem trabalha). Como só apanhei o fim, já só tive tempo de ouvir um casal que fora tão honesto que, após ter montado uma pequena empresa familiar de recolha de ferro velho e ganhar já cerca de três vezes mais do que recebia do rendimento mínimo, foram eles próprios dar baixa do mesmo (resta saber se devolveram o que tinham recebido a partir do momento em que começaram a trabalhar, ou se só mandaram cancelar quando começaram a ver que a coisa ia dar para o torto). Mas não é este caso de sucesso (raríssimo) do rendimento mínimo que me fez escrever-vos mais este pensamento; o que me motivou a pegar no computador e escrever-vos estas palavras (apesar de estar com umas dores de morrer) foi uma conversa de uma cigana já na altura em que passavam as letras com os nomes dos autores da reportagem, dos realizadores, etc. e em que ela dizia que se não lhe dessem o rendimento mínimo tinha que ir roubar.
Ora isto é uma frase que mostra quem realmente esta gente é. A ideia é esta: «nós temos filhos “a dar com um pau” e queremos ser sustentados porque trabalhar não é connosco. E ou nos sustentam a bem (com casas de borla e rendimento mínimo) ou nos sustentam a mal – desatamos aí no gamanço – mas trabalhar como as outras pessoas está fora de questão». Será que temos que nos conformar com a ideia que há gente no nosso país que não necessita de trabalhar e em relação às quais nós temos a obrigação de sustentar, tal como às suas vastas proles, seja ele a bem (através dos nossos impostos) ou a mal (através de roubo ou de furto). Será que isto é normal, recebermos em nossas casas (pagas com o suor do nosso trabalho) esta ameaça de que se não lhes dermos o rendimento mínimo e casas de borla, pagas por todos nós, nos vêm roubar? Será normal que quem trabalha não pode ter mais que um ou dois filhos (os mais abastados, pois muitos é só um ou nem um) porque não tem condições económicas para mais, e haja gente que vive sem trabalhar, a receber mais e mais dinheiro para fazer mais indigentes (é quem não se devia multiplicar a multiplicar-se) e ainda ter o descaramento de vir dizer que temos a obrigação de os sustentar a todos sem violência, senão vêm transformar a nossa vida num inferno? Não será já altura de dizer basta a esta gente? Não será altura de os pôr a trabalhar como as outras pessoas ou deixá-los morrer de fome ou a apodrecer nas prisões caso venham roubar-nos? Não será altura de acabar com esta forma de parasitismo vergonhoso e baixar os impostos a quem trabalha, deixar estes ter condições económicas para poderem ter mais um filho por família em vez de se andarem a matar para sustentar os filhos indigentes de outros indigentes de famílias que sempre serão indigentes? Será que é com os filhos parasitas destes parasitas, será que é com a multiplicação dos parasitas que nós vamos ter quem garanta a sustentabilidade futura da segurança social ou esta multiplicação apenas levará a uma maior sobrecarga futura desta? Será justo que eu (e milhões de outros portugueses) paguemos impostos e façamos descontos para a reforma e não possamos ter mais um filho, para sustentar esta corja de parasitas, e depois ainda nos ameacem que podemos não vir a ter reformas porque este dinheiro que nos é tirado é usado na reprodução de parasitas? E ainda, para nos dar mais dores, ainda nos ameaçam que nos vão roubar se não lhes dermos dinheiro para viver que nem nababos. Como se isto que se passa não fosse já um roubo aos nossos filhos e à nossa velhice!

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