Morreu o cantor Michael Jackson. Milhares de pessoas por todo o mundo choram a sua morte e prestam-lhe homenagens, como se o homem tivesse feito algo de bom pela humanidade. Se morresse um galardoado com o prémio Nobel da medicina (ou mesmo que não tivesse ganho o Nobel mas que tivesse feito grandes descobertas nessa área ou outra área de importância para a humanidade), o choro limitar-se-ia a pouco mais do que familiares e alguns amigos. Isto só vem mostrar o poder do marketing (sobretudo dos americanos, habituados a fazer de criaturas, quantas vezes com pouco valor, quase semi deuses para pessoas de mentes mais fracas) por um lado e a completa inversão de valores e de prioridades que se vive no mundo ocidental.
Não me quero alongar muito neste assunto, quer porque não tenho muito a dizer acerca disto, quer porque seria dar importância excessiva a quem a não tem (e se falo na morte de Michael Jackson não é pela importância que lhe dou, mas antes pelo disparate de que a sua morte tem vindo a ser alvo), por isso vou aqui apenas tocar nos dois tópicos que referi acima.
Em primeiro lugar, falar da inversão de valores, que é notória no facto de tanta gente que contribuiu para o progresso da humanidade e ninguém chorar a morte delas, de, muitas vezes, ser dada a notícia de raspão no noticiário ou num artigo de um oitavo de página no meio de um jornal; e para um cantor (que nem vou aqui discutir a qualidade, para não entrar em mais polémicas ainda) serem dadas honras de abertura de noticiários durante vários dias, e de primeiras páginas de jornais. Numa altura de crise económica gravíssima, de milhões de pessoas a ficarem ainda mais pobres, de aquecimento global, de uma crise política enorme num país altamente problemático como é o caso do Irão, de tragédias por esse mundo fora, se dá esta situação completamente desproporcionada de choro mundial por causa de um indivíduo que há vários anos não fazia nada, que vivia de rendimentos de discos vendidos e de concertos dados há já vários anos e que, apesar de ganhar obscenidades, ainda tinha necessidade de contrair milhões de dólares de dívidas; de um indivíduo que o que fazia na vida era cantar e dançar e que foi várias vezes acusado de molestar menores! Um indivíduo que era nítido que, mais do que um excêntrico, era alguém bastante perturbado e se não fosse famoso e muito rico, era provável que tivesse passado os últimos anos da sua vida internado num qualquer hospital psiquiátrico – mas ele não era maluco, pois como era rico, era excêntrico! É pela morte de um indivíduo destes que milhares de pessoas choram baba e ranho pelo mundo fora, como se de um messias se tratasse.
Quanto ao marketing americano, não há dúvida que Michael Jackson é um produto de uma indústria muito bem organizada e que consegue criar mitos em criaturas que, se calhar, nunca se deviam sequer ter dedicado ao mundo do entretenimento. Não vou discutir aqui se é ou não o caso de Michael Jackson, mas os americanos são especialistas em criar nomes endeusados e explorar esses nomes até ao tutano. Michael Jackson era um desses nomes que não merecia tanta fama nem tanto endeusamento. Preparem-se agora, que os americanos vão explorar isto até ao tutano: os discos que ainda há já estão a esgotar e, nos próximos anos, vamos ter lançamentos de inúmeras colectâneas de CD’s de Michael Jackson sempre com as mesmas músicas mas que os otários lá estarão a comprar, pois querem ter todos os discos que saíram deste cantor. É o Marketing americano a funcionar, mais nada. Quem quer comparar a morte de Luciano Pavarotti com a de Michael Jackson? Foi alguma loucura destas? E há alguma comparação entre a voz de um e de outro?
Mas Pavarotti foi apenas um exemplo. Poderia dar mais, mas não o vou fazer. E podem dizer, para contra argumentar comigo, que Pavarotti era apenas um cantor e Michael Jackson era mais do que isso. Pois, era um cantor mas era-o de excepção e Jackson não. E, em termos musicais, não tenho dúvida nenhuma em afirmar que o mundo perdeu mais com a morte de Carlos Paião do que com a de Michael Jackson. Só que um era português e o outro era americano e, ainda por cima, dos escolhidos pelo pessoal das grandes editoras norte americanas, entre milhares de cantores do mesmo nível, para ser elevado ao estatuto de estrela máxima. E o pessoal vai nisso. Bem diz o ditado: “todo o burro come palha, o que é preciso é saber dar-lha”. E eles sabem dar palha. O que é preciso é ser-se burro para a comer…
Não me quero alongar muito neste assunto, quer porque não tenho muito a dizer acerca disto, quer porque seria dar importância excessiva a quem a não tem (e se falo na morte de Michael Jackson não é pela importância que lhe dou, mas antes pelo disparate de que a sua morte tem vindo a ser alvo), por isso vou aqui apenas tocar nos dois tópicos que referi acima.
Em primeiro lugar, falar da inversão de valores, que é notória no facto de tanta gente que contribuiu para o progresso da humanidade e ninguém chorar a morte delas, de, muitas vezes, ser dada a notícia de raspão no noticiário ou num artigo de um oitavo de página no meio de um jornal; e para um cantor (que nem vou aqui discutir a qualidade, para não entrar em mais polémicas ainda) serem dadas honras de abertura de noticiários durante vários dias, e de primeiras páginas de jornais. Numa altura de crise económica gravíssima, de milhões de pessoas a ficarem ainda mais pobres, de aquecimento global, de uma crise política enorme num país altamente problemático como é o caso do Irão, de tragédias por esse mundo fora, se dá esta situação completamente desproporcionada de choro mundial por causa de um indivíduo que há vários anos não fazia nada, que vivia de rendimentos de discos vendidos e de concertos dados há já vários anos e que, apesar de ganhar obscenidades, ainda tinha necessidade de contrair milhões de dólares de dívidas; de um indivíduo que o que fazia na vida era cantar e dançar e que foi várias vezes acusado de molestar menores! Um indivíduo que era nítido que, mais do que um excêntrico, era alguém bastante perturbado e se não fosse famoso e muito rico, era provável que tivesse passado os últimos anos da sua vida internado num qualquer hospital psiquiátrico – mas ele não era maluco, pois como era rico, era excêntrico! É pela morte de um indivíduo destes que milhares de pessoas choram baba e ranho pelo mundo fora, como se de um messias se tratasse.
Quanto ao marketing americano, não há dúvida que Michael Jackson é um produto de uma indústria muito bem organizada e que consegue criar mitos em criaturas que, se calhar, nunca se deviam sequer ter dedicado ao mundo do entretenimento. Não vou discutir aqui se é ou não o caso de Michael Jackson, mas os americanos são especialistas em criar nomes endeusados e explorar esses nomes até ao tutano. Michael Jackson era um desses nomes que não merecia tanta fama nem tanto endeusamento. Preparem-se agora, que os americanos vão explorar isto até ao tutano: os discos que ainda há já estão a esgotar e, nos próximos anos, vamos ter lançamentos de inúmeras colectâneas de CD’s de Michael Jackson sempre com as mesmas músicas mas que os otários lá estarão a comprar, pois querem ter todos os discos que saíram deste cantor. É o Marketing americano a funcionar, mais nada. Quem quer comparar a morte de Luciano Pavarotti com a de Michael Jackson? Foi alguma loucura destas? E há alguma comparação entre a voz de um e de outro?
Mas Pavarotti foi apenas um exemplo. Poderia dar mais, mas não o vou fazer. E podem dizer, para contra argumentar comigo, que Pavarotti era apenas um cantor e Michael Jackson era mais do que isso. Pois, era um cantor mas era-o de excepção e Jackson não. E, em termos musicais, não tenho dúvida nenhuma em afirmar que o mundo perdeu mais com a morte de Carlos Paião do que com a de Michael Jackson. Só que um era português e o outro era americano e, ainda por cima, dos escolhidos pelo pessoal das grandes editoras norte americanas, entre milhares de cantores do mesmo nível, para ser elevado ao estatuto de estrela máxima. E o pessoal vai nisso. Bem diz o ditado: “todo o burro come palha, o que é preciso é saber dar-lha”. E eles sabem dar palha. O que é preciso é ser-se burro para a comer…
8 comentários:
Douto amigo,
eu estava à espera de ainda me rir um bocado com algumas considerações tuas sobre a "despigmentação cutânea" do nosso amigo Jackson, mas eis que não fazes nenhuma alusão a esse estranho caso!!
Beijinhos
Olá SrºDrº Joaquim,quem diria que te iria encontrar aqui...adorei ver-te,adorei ler as tuas histórias,adorei saber de ti...Sou a Sónia Estevam de Mira...lembras-te!!!!!!Esqueçeste-te de mencionar os espectáculos da vossa tuna nos Programas de rádio..."Rádio Bairrada" e o famoso petisco do gato!!!!!!!1Fiquei mesmo contente!Estou a trabalhar no mesmo sitio,Municipio de Mira,estou no final da licenciatura em Educação,e estou na contabilidade, há 6 anos...Vivo á pouco tempo essa loucura da vida de estudante universitária de Coimbra...Mas valeu a pena!!!!deixo-te o meu mail:sonia.carneiro@sapo.pt,Telm.938238062!
Quim,relativamente ao tema "Morte de MickaelJackson",apenas te digo uma coisa,o mundo é assim!ainda não te habitas-te!estás cá há mais tempo do que eu...que vale um prémio nobel,se a maioria das pessoas vive sufocada pela sua ignorância...se assim não fosse,esses programas da treta,como Big Brother,entre outros não teriam tanto sucesso!!!Mas,mesmo assim,e apesar de ele não ter sido um Homem das letras,ciências,ou outras...teve a sua importância,Rei da Pop,marcou uma geração,um estilo,um nome...independentemente de tudo o resto...se foi pedófilo,não sei!!!talvéz algum aproveitamento,por parte de alguém para conseguir ganhar uns trocos!!!Se teve dividas,também teve muito dinheiro!!não o soube aproveitar,ou não teve ninguém à altura para o ajudar!!!Tenho pena,porque apesar de ter existido,não viveu a vida,esta passou por ele,nada mais...Um grande beijo Sonia
Acontece que ele traz comoção mundial porque realmente ele foi e é o maior artista do mundo mesmo.Sua arte, a dança em especial, é algo, sim, assombroso e insuperavel no mundo da arte.Ele realmente impressiona o mundo por isso, não havendo nenhuma outra arte até hoje na historia que causasse tanto impacto no ser humano quanto a que ele causou.Por isso o motivo do tal endeusamento mesmo, que apesar de não ser legal realmente é algo, digamos, inevitavel.
Cara Luciana Silveira:
Se o considera o maior artista do mundo, será a sua opinião. Morreram já grandes bailarinos e não se passou nada desta loucura. Além do mais, segundo sei, ele não dançava melhor do que todos os outros que participavam nos telediscos dele. Nem creio que ele tenha sido conhecido como bailarino, mas sim como cantor. Enfim, eu não sou contra as pessoas, sobretudo os admiradores, ficarem chocadas com a morte dele, até porque ainda era uma pessoa nova, o que eu critico é a loucura generalizada, o aproveitamento da morte dele para fazer dinheiro e a desproporção do transtorno mundial pela morte de quem não era mais do que um cantor que dançava, quando a morte de pessoas verdadeiramente importantes para a humanidade, como cientistas que descobriram curas de doenças (por exemplo), passam ao lado de toda a gente e ninguém quer saber se morreram ou não. No fundo, critico a subverssão completa de valores que existe na nossa sociedade.
Olá! Boa noite, escrevo de novo, apenas por achar que não tens a razão toda...isto porque de facto, todos nós, somos pessoas importantes para o mundo, para os nosos pais, avós, filhos, maridos e mulheres...E não descobrimos curas, nem temos a sapiencia de tantos ilustres. Mas também o somos, no nosso pequeno mundo, no nosso pequeno meio...Por isso acho, e tenho pena da morte, um pouco estúpida deste cantor, que apesar dos muitos defeitos e loucuras,(mas todos temos as nossas), foi um Senhor da música pop, e marcou uma geração...Para ele o meu obrigada, porque me fez crescer e sonhar...e é tão bom sonhar!!! todos influenciam os nossos comportamentos na nossa vida, e quer queiramos ou não, ele marcou muitas vidas...Bjs, Sónia
Cara Sónia,
Antes de mais, quero-te agradecer por, mais uma vez, teres feito um comentário no meu blogue. Já agora, recomendo-te também o da irmandade das sombras, onde recordo (tal como o Branquinho ou o Brandão) algumas das histórias que vivemos em Coimbra (e algumas relacionadas contigo, como a do gato!). Depois, quero também dizer-te que o que escrevi e o que escrevo são apenas opiniões minhas, que não tenho a verdade no bolso, tendo tu ou outra pessoa qualquer o direito de discordar e achar que eu não tenho razão. Apesar de admirador do Prof. Oliveira Salazar, sou muito mais aberto à discussão, ao debate, a ouvir e a aceitar ideias diferentes das minhas do que muitos políticos que se dizem democratas mas que esmagam e tentam calar a todo o custo ideias diferentes.
Por fim, defender a "minha dama", ou seja, eu não acho que o homem não tenha importância, como qualquer pessoa (enfim, quase todas)tem importância para alguém. E claro que não são só os génios que têm importância. O que eu discuto é a excessiva importância que se dá a alguém sem que nada o justifique. Porque o homem para mim não tem importância nenhuma, não quer dizer que para outros não a tenha. Se morresse um cantor que eu gosto, é óbvio que eu ficaria triste, mas não da maneira exagerada que vejo milhares de pessoas lamentarem a morte do Michael Jackson. Muitos destes milhares de pessoas não fariam isto por um importante cientista que tenha descoberto a cura de uma doença que mate milhões de pessoas, nem sequer, se calhar, pela morte do pai ou da mãe! Eu falo contra o exagero e a inversão de prioridades no mundo. E alerto também (e, mais uma vez parece que tenho razão) para o aproveitamento que a morte dele vai ter para os americanos (ou alguns deles) fazerem dinheiro: já se pegou nas imagens do último ensaio e já estão a preparar-se para pôr aquilo a render, bem como já estão a pegar em gravações inéditas e a preparar-se para as editar, bem como vão fazer montes de reedições dos seus discos, puseram o funeral a render e até revistas se vendem e audiências televisivas se ganham à custa de novelas inventadas de filhos que não são filhos (como bem se vê, pois eles são parecidos com ele após a transformação, o que não é lógico, pois a mudança de pele e as operações plásticas não mudam a sua composição genética) e de médico culpado da morte do gajo. Os americanos vão sugar aquilo até ao tutano e tudo graças à tontice dos incautos que se deixam ir nessas cantigas, em vez de, simplesmente, dizerem: "Olha, morreu o Michael Jackson, que pena, era tão novo! E eu que até gostava tanto de o ouvir cantar e ver dançar. Paz à sua alma!".
Você morre de inveja , né???
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